sábado, 21 de fevereiro de 2009

Estratégica é a Morte

Endoidece o vulcão e o utensílio
cerne da alimentação por colher obtusa
Chamam desvario às competências humanas minhas:
recorde de espezinhar partículas
talvez um talento insonoro emitido me direccione

Veio-me do escalpe este grito ocular
veio da shadow abstracta
esta figura prodigiosa que se
fragmenta e alimenta
entre vocábulos
de pó
diminutos
sem rodeios
ou duelos
sem
espadas em idleness ou demónios
em paragem ___ atmosférica
baptismo de implante modificado

Hoje sou esse parente derretido, contorcido
no império de ruínas
Hoje esvoaço nos estilhaços
Liberto-me

Dou nome ao incêndio

Judas Ensual

Quis escrever um poema mas o orçamento não chegava
para executar um anjo, o poema não
chegava para executar, não chegava
o argumento desvanecido
Os homens não chegavam
Estes homens não chegavam
As mulheres não chegavam
As mulheres e as trevas
Não chegavam

Tantos homens emulam as trevas
Deve ser por isso que
as mulheres dão à luz

Artigo Efémero

A lâmina da lágrima é fantasia de uma boca só
uma hora só, traqueia num minuto bloqueada
Ressuscitamos sobreviventes mortos viventes
Dez sertos em direito englobado na
clareza: articulações cósmicas
Nesta noite entrego o parto ao frio
extasiante, a chama intelectual
que promove o pulmão ao poço
Apresenta
bem-estar às feras, fogo positivo
pouco do que me contam retido
Sou o satélite da luz acariciada
Filosofia do invisível na
morte do conhecimento, uma
pústula do silêncio abrindo
poros na perna suspeita, razão absoluta
Queda do herói litigioso - salvação- o herói inverso

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

AW TE AW

Tenho espaço nos ombros desde que me lembro
daquele carisma arrastado na cratera percebível
Dizem-me que no silêncio qualquer palavra
é inconfundível
E hoje oblitera, não há retorno
Sopram enganos pelo vento avaliado
Antropólogos que raspam cicatrizes do peito na
tentativa de compreender o Homem
Advogados que defendem assassinos por gosto, na orla
na água, sem ética no mar Keting

Publicidade final: uma guerra para acabar todas as guerras

Dei De Comer Aos Bichos

Reparo como o rapto do sol
nunca foi perpetuado, brilhando e brilhando
em tom desmembrado

Suspenso na sílaba ácida perdoo
O rapto que não é um ladrão em si
Subo nos olhos do sol, tal diamante insuflável
Tem duas cores o sol
David Bowie em Stardust Contínuo

Bí-blia

Fantoche maniqueísta outside
Dúvida bidimensional
Provo a mordidela mais
Bittersweet ré
Volução dentária

Sabes que estes peões
São alvos intimistas
Caveiras metralhadas em resoluções médicas

2072, a voz de Deus falou com o povo:
Afinal, best-seller com hífen vende menos

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Demónio Das Coisas Grandes

Não se aguenta o factor 'tempo' de forma leve, não, não
Tempo, todo o tempo possível para momentaneamente desprezar
Mistérios elevados de cirurgia suavizante agora em breve
voltando às aulas de dismorfobia

Olho, e não sou eu que me olha de volta

Resumido em constelações abortais
Cristifico internamente o rapto das sombras irlandesas
A doença social prolonga-se até no vocabulário mais estreito
Mais escondido de raptores com vampiros cruzados e outras regras impostas

Olho, e sou não eu que de volta me olha

(Vejo um filme em lençóis underground, toco em copos
de cristal ramificados em veias disjuntivas, morro sem saber como as árvores
vivem, vivo por saber como as sereias se reproduzem, sou isso, um cântico, um momento, um simples servo do...)