quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Porque Eles...

(Hoje não te ligo porque ontem não me ligaste)

Oferta de carne e tijolo
Trabalhar a carne no sótão
Susceptível o signo operado em cama pura
Simbolismo rasgado
Duas virgindades de mão dada
E carros formato-árvore
E sombras diurnas
E a franja do Inferno
Chove em Veneza e na piscina
Lança-chamas arde metrópoles de papel
Indícios de pele nocturna
Pirilampo com autonomia própria
Quando nas escadas sentada, ensinamentos fazem a cabeça:
Espécimen enclausurado
Livre, és livre, és tão livre!
E agrilhoada
Detestas água, caminhas sobre pântanos
Sorriso metálico adaptável
Evitada repetição para crescer
Camaleão mimado, Madonna privada
Requinte pelo crânio delicado
Porcelana em forma de alma, em forma de arte,
em forma de franja, em forma de nocturna...
em forma de ontem...

Corpo anti-pessoal
Suprema vagina elaborada
A vagina como arte
Distante.

Perto, mas tão perto

Interrupções vocais detestam a luz
Luta apagada desbocada sobrevalorizada

É íntimo quando as bocas não mexem
Acidental delírio o que se preenche no intervalo

É ódio quando a guerra dispara em sapatos ornamentais
Dorothy em brilho especial

Saliento o talento homogéneo
De te observar de longe, a mim, ao espelho e a ti

A pós-metálica
A luxuosa
A espaçada
A apocalíptica

Júpiter em chamas delineada

Impressões forçadas na medula
Simpática e regenerada

Adoro-te
Porques os feios também se apaixonam

(Trabalhar a carne no sótão é gasto, trabalhar redundâncias inevitável)

1 comentário:

Rosa Nobre disse...

estou a comer ameixas e a caixa diz: "soft and fruity".

ainda bem que tu e a caixa de ameixas dizem uma verdade.