(Hoje não te ligo porque ontem não me ligaste)
Oferta de carne e tijolo
Trabalhar a carne no sótão
Susceptível o signo operado em cama pura
Simbolismo rasgado
Duas virgindades de mão dada
E carros formato-árvore
E sombras diurnas
E a franja do Inferno
Chove em Veneza e na piscina
Lança-chamas arde metrópoles de papel
Indícios de pele nocturna
Pirilampo com autonomia própria
Quando nas escadas sentada, ensinamentos fazem a cabeça:
Espécimen enclausurado
Livre, és livre, és tão livre!
E agrilhoada
Detestas água, caminhas sobre pântanos
Sorriso metálico adaptável
Evitada repetição para crescer
Camaleão mimado, Madonna privada
Requinte pelo crânio delicado
Porcelana em forma de alma, em forma de arte,
em forma de franja, em forma de nocturna...
em forma de ontem...
Corpo anti-pessoal
Suprema vagina elaborada
A vagina como arte
Distante.
Perto, mas tão perto
Interrupções vocais detestam a luz
Luta apagada desbocada sobrevalorizada
É íntimo quando as bocas não mexem
Acidental delírio o que se preenche no intervalo
É ódio quando a guerra dispara em sapatos ornamentais
Dorothy em brilho especial
Saliento o talento homogéneo
De te observar de longe, a mim, ao espelho e a ti
A pós-metálica
A luxuosa
A espaçada
A apocalíptica
Júpiter em chamas delineada
Impressões forçadas na medula
Simpática e regenerada
Adoro-te
Porques os feios também se apaixonam
(Trabalhar a carne no sótão é gasto, trabalhar redundâncias inevitável)
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Depois Da Multidão
Há um harém perto do meu estômago a pedir que o anunciem
A pedir que
Reconheçam esses vícios como reconhecem a maneira funeral
Que os cadáveres adoptam quando desistem de viver quando
Se concentram em rampas indeterminadas e
Namoros atómicos com qualquer um que deseje ser um
É impróprio desejar a pormenorização do espírito em
Constante uniforme trágico
É constante cravejar olhares para o espaço em
Constante força plural
Descobri-te
És isso que sou: uma mulher lacrimejante
A pedir que
Reconheçam esses vícios como reconhecem a maneira funeral
Que os cadáveres adoptam quando desistem de viver quando
Se concentram em rampas indeterminadas e
Namoros atómicos com qualquer um que deseje ser um
É impróprio desejar a pormenorização do espírito em
Constante uniforme trágico
É constante cravejar olhares para o espaço em
Constante força plural
Descobri-te
És isso que sou: uma mulher lacrimejante
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
O Milagre Redutor
(com a ausência de onomatopeias)
Lápis aconchegado em prolongamento sedutor
Permito a poluição resultante da tua aura em ferida
Misturo testa com perfil e dramatização
Trituro a leitura confortável que escravizas
Não acredito no aconchego ocasional de acasos transparentes
Põe-te à venda
Põe-te à venda e eu aceito
Só assim te verei na totalidade
Rastejo no meio de garrafas partidas em fantasia oblíqua num
Lugar marcado da desoladora geografia
Classifico-te como "A Mais Perfeita do Mundo e Arredores"
Sei que é estúpido, mas
Sinceramente a Humanidade não me deve nada
Não acredito na magia tridimensional do caos trasparente
Põe-te à venda
Põe-te à venda e eu aceito
Só assim te verei na totalidade
Só assim eu serei tu...
Lápis aconchegado em prolongamento sedutor
Permito a poluição resultante da tua aura em ferida
Misturo testa com perfil e dramatização
Trituro a leitura confortável que escravizas
Não acredito no aconchego ocasional de acasos transparentes
Põe-te à venda
Põe-te à venda e eu aceito
Só assim te verei na totalidade
Rastejo no meio de garrafas partidas em fantasia oblíqua num
Lugar marcado da desoladora geografia
Classifico-te como "A Mais Perfeita do Mundo e Arredores"
Sei que é estúpido, mas
Sinceramente a Humanidade não me deve nada
Não acredito na magia tridimensional do caos trasparente
Põe-te à venda
Põe-te à venda e eu aceito
Só assim te verei na totalidade
Só assim eu serei tu...
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