quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Capítulo 72

a alma is horrenda

O meu nome é bilhete de identidade e falo por impressões de luz
Sou garantido no poema interminável sou garantido como simplista Sou
Garantido como garantido

De trapos fictícios e avantajados cumprimento a diva do apocalipse
Congratulo o acidente por acontecer
Sorvo espíritos de cemitério em palhinha fúnebre
Um vácuo emocional tornado gigante

agora segredos

Alguns destes estão presentes e morrem
Alguns destes eram aqui e já não, morrem
Alguns destes não são nada agora nem amanhã
Morrem
O pretérito está decrépito nas
Charadas violentas

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Retrato Abstracto do Abstracto

sofá cachalote e vísceras miudinhas e

quadros pequeninos e frutas deformadas e

exposições doentes com um erro dentro

um tipo um tipo um tipo

de ligação espiritual puramente pornográfica

Real abstracto irreal e retrato

não me fodam hoje, não me fodam!

tenho pena da morte

estou desiludido

pesquisei google no google e o mundo não acabou

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Música de Cristal

Eternamente se espelha a doutrina
Música clássica no colchão firme
É eterno o espelho clássico que
Mancha de música a doutrina

Chamo o eternamente como uma mulher
Doutrina de Cristina num colchão firme
É clássico o sentimento de um espelho eterno
Música eterna de contorno moderno

Tempos De Luxo

Vinha no ar uma mistura lilás
Estes segundos passaram desde que os animais passaram, estes animais redondos
Que enchem pratos destemidos com o suor dos outros, que se ligam uns a mim em máquina humana insana solta.

É assim que vou aos saltos perfurando o chão do baile decadente
Pemito que uma equação me comande e me leve ao abandono
Força de actrizes mortas em directrizes
Ciclones ultrapassados pelo último modelo
Um homem com vícios normais clica no automático
Filhos homossexuais no circo castigado
Desejo a culpa como um temporário sem fuga
Agência da negligência onde o violento tem cara de pouco
E é violento
E é pouco
E os padres cantam mal ao matar crianças no altar
Não há votos quando todos queremos o assassínio
Prefiro o genocídio como entrada
Peças de lábios em fatias
Resumia espíritos selvagens em dosagens inferiores infrigindas
Lembrava personificações dolorosas
COMIA A DOR ATÉ MINUTOS DESAPARECEREM NA INCONSISTÊNCIA TERRENA
Sim...SIM..sim
Era capaz, claro que era capaz
De me sentar no topo do mundo
Sem pestanejar