sábado, 1 de novembro de 2008

Talvez Hoje Escreva Sem Pensar

Interiorizo lâminas sorridentes pequenas videntes
Agora que o artifício desapareceu artificial artificioso
Blink, blink, blink a chuva morre nos braços de ninguém

Conheço uma pessoa que recita e visita e sabe e brinca
com metáforas e mecânicas dramáticas
Tudo nas ruas de uma cidade grande onde o frio aquece
E a harpa anoitece

Vi o genérico sem perceber visualmente
Dois postiços num escorrega mágico
Copos de face estilhaçada para cima
Olhos de fantasmas e vime

O quadro descreve-se a si mesmo
Numa escala
Perturbações de anjo etílico em devaneios refutados
Ficando a imagem reflexiva:

Uma constelação pálida
À procura de cor

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