sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ilustração de Saturno

O que cospe madrugadas sabe que Deus dorme bem
Tornou-se uma evidência a prova imbatível da noite
a rodear ágeis possessivas criaturas

(luz)

É literatura quando te toco
Equívoco cósmico de rótulas decepadas, o sangue
que me gela vem de torres isoladas
Faróis que estagnam na parede menos confusa da austera solidão
É ciência quando te toco
E flores centrais se observam
E cuspo em chamas radioactivas se espiritualiza
E a abertura sexual em traços se evangeliza
Com autores dois e dois só, juntos
Estudo o teu corpo na véspera como uma cor sem naipe
Acessível a comportas criativas de
Um belo morto ser espacial
Gelado em Saturno despido
Contador nocivo do estrelato
Sou eu com brilho automático
Accionado em egoísmo de tornozelos mágicos impresso

(batimento de asas militares)

O demónio pede perdão ao Amo que o despreza

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