sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Réplicas do Momento

O marfim, esse sim, oculto nas flores
Dissipa nenhures em implosões velozes
Calcula-me o seguinte: igrejas negras de sol
Freiras escritas com lua
É bem melhor que o antigo abraço aumentado
Desmagnetizado em lupas de identidade irregular
Sabes como se diz, Midas nunca quis
Algum prémio da Academia
E o marfim, esse sim, bebido nos entretantos
Desflorado, assim
Em nenhuma parte
Em nenhum lado

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Explicação das Estrelas em Capítulos

Denoto um psicadelismo extravagante no teu estilo
E gosto do teu estilo, psicadélico e extravagante
Astro da autonomia
Astronomia

Grito Cuspido

Golpe de stereo, momento de oração, pura terapia
Horas de fechar o relógio aos trovões
Declínio delicado no sopro confuso de próteses com anjos
No lugar de membros

Desta vez ela veio fazer perguntas sobre mim

Extra-terrestre com equações no lugar de antenas
Eterno equinócio saltitante
Lúcifer como um herói, como um diminuto, como uma lenda
A mulher-coruja na cortina de veludo
Vê o que mais quer ver

Eu não tenho nada a ver com isso. Acabou.

Sonoridade Eléctrica 2: Desespero em Chávenas

Sabes sabes sabes os turistas da alma e da zona intermédia
No baixo pleno admiram rodas, atletas, bicicletas
Conceptualização ideal: uma crosta na atmosfera
Ah, ah, ah, estes dias têm gurus do improviso
O que não dava por uma colcha azul
Muita coisa, não dava
Não funciona o sistema de igualdade simétrica ah ah ah
Strip-tease intelectual, puta de óculos
Nada disto faz sentido, claro que sim, claro que não
Menta e mentira, sabor saboroso
Tumba, tumba, tumba numa menina sobrevalorizada
Canto de boca efervescente fluorescente
Pastilhas em ebulição, ah, isso
Sabes sabes sabes os artistas da alma e da zona intermédia
São anjos, foda-se
Com génios no meio das costas

domingo, 7 de setembro de 2008

Verde

E no sítio onde quando o esférico se limita
Respiram-se contornos de quadros disléxicos rapidamente
E se fossemos de grão, estes problemas morriam
nos contornos, querida, nos contornos da moto-serra
Como o rapto de um pássaro subtil, a sua melodia é fugaz
E este era o sonho predilecto de náufragos invisíveis
Pi-pi-pimentos com sabor a qualquer coisa outra
Uma das que se usam e se atiram para
não-sítios.
Diz-me as horas em que mãos voam e se
atiram tímidas de prédios altos ofuscantes, caros
Estamos em dia nuclear
Cinzento vestido em classe atmosférica
Trouxe muletas para ajudar o teu sorriso
É decrépito agora que cheguei subindo o anzol ao quadrado
Não, nada
Feitiço de carne usada
Ela considerou-me um dos melhores
Fotógrafo de diversões e parques de eu no planalto
No alto, eu, súbito, eu
Esta é a história do rapaz que mastigava bocados de
olho com frio açúcar.
Sushi guerreiro em distantes livres
Lances. Sumo de magros.

Novo é ovo sem escalpe
Chiu! Ninguém sabe!

Que aborrecimento capturar letras vegetarianas e sofás
Fui nas alturas longas, aliás, apesar de facas
Misturava-me um mariachi de categoria 1
Indizível

No ano assim arrogante mudou a forma em que o outro
Era situação feroz organizada, essa partilha
batalhando hinos de validade
És oculto.