No planeta dos homens mais mortos que mortos, no planeta, no planeta
Há astrologia com cara de egípcios
E estrelas a pedir esmola
No planeta dos homens mais mortos que mortos, no planeta, no planeta
Animais brincam às monarquias
E cidades evaporam-se
O próprio rasto
Vasto rasto que flui - deitado
São pequenos
Joelhos de uma pequena lua
Cinzenta
A encolher nas pontas
Tudo
No planeta onde os homens, mais que mortos
Estão mortos
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Anastasia e Drizela
Cores e romance afectam essa singularidade majestosa
A companhia de ratos com botões no lugar de olhos
Mestre urbano sem ideias lineares activas
Tricotei camisolas para gnomos acidentais
Preciosidade em palavras trocadas
Motivação, continuar a imperfeição
Somos duas irmãs malvadas
Refugiadas no significado de um amor etílico
Exílio de falso eyeliner
O esqueleto faz demasiado barulho a dançar
Beleza horror - abóbora com vício de esplendor
Fada madrinha injecta heroína e felicidade
Encanto decadente de uma voz que sempre foi
Na outra extremidade a maquilhagem derrete
Doces incandescentes, sapatinhos mútuos de cristal
Somos, tu e eu, duas irmãs malvadas
Refugiadas no significado de um amor etílico
Simplesmente isso
Beijo
A companhia de ratos com botões no lugar de olhos
Mestre urbano sem ideias lineares activas
Tricotei camisolas para gnomos acidentais
Preciosidade em palavras trocadas
Motivação, continuar a imperfeição
Somos duas irmãs malvadas
Refugiadas no significado de um amor etílico
Exílio de falso eyeliner
O esqueleto faz demasiado barulho a dançar
Beleza horror - abóbora com vício de esplendor
Fada madrinha injecta heroína e felicidade
Encanto decadente de uma voz que sempre foi
Na outra extremidade a maquilhagem derrete
Doces incandescentes, sapatinhos mútuos de cristal
Somos, tu e eu, duas irmãs malvadas
Refugiadas no significado de um amor etílico
Simplesmente isso
Beijo
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Espantalho Mundano e o Poder do Sal Abstracto
O nada é perfeito e o nada é o nada
São assim coisas que me assaltam os dedos
Alguns chamam-lhe agitações
Eu considero-os benefícios
Daqueles bem naturais
Estilo desanquadrado destriangulado mas com algum enquadramento
A tinta é uma droga que com traços se dissipa
Intitulo-me de filósofo mas só às vezes
Sou o dono de uma esgrima invisível
Nocturna aos olhos sensíveis
Sou fome e agitação
Manipulador da estrada irreal
Ulisses de peluche
Pela serenata do gato dominado
Sou o que sou pelas navegantes que me preenchem
Um catálogo andante
E mais que secar por elas mesmas
Tenho lágrimas que não chegam a existir
Sou sortudo no entanto
Cuspo pérolas e karma
Sinto-me especial
Acabo por acreditar mais em Deus do que Ele no Super-Homem
Este poema
Não é um poema
A sério que
Não é um poema, definitivamente
São outras coisas
São #%$@&*
Pedaços de cérebro ensopado
Desculpo todos os que pensavam encontrar aqui um poema
E espero que me desculpem por não desculpar
Sinto-me sempre melhor depois de desabafar
E de espancar sem-abrigos
Tiros na cabeça são inofensivos se forem na cabeça
Se forem na cabeça, se forem na cabeça, se forem na cabeça....
Capítulo IV
Era uma vez um rapaz de gengibre que se comeu a si mesmo.
Já disse que sou irreal
Talvez não humano
Mas ao mesmo tempo um deles
Animado
Sou
Um que usa pedras para o apedrejamento
E ainda as usa para ficar pedrado
Lúcifer numa toca
Atirado a um canto
Disse-lhe:
"O amor é perigoso rapaz, não toques nisso"
Angústia de adolescentes pica na sua hilariância
Até Hitler tinha pais
No rio Styx pedem almas e isqueiros
Também no Sub-Mundo há mitras
Mais que a mim, venero-me com mais fervor do que Nietzsche
A si
E se um dia me sentir feio será fácil:
Suicido-me no corpo picotado da Winehouse
Mas não se preocupem,
Para à próxima será melhor
São assim coisas que me assaltam os dedos
Alguns chamam-lhe agitações
Eu considero-os benefícios
Daqueles bem naturais
Estilo desanquadrado destriangulado mas com algum enquadramento
A tinta é uma droga que com traços se dissipa
Intitulo-me de filósofo mas só às vezes
Sou o dono de uma esgrima invisível
Nocturna aos olhos sensíveis
Sou fome e agitação
Manipulador da estrada irreal
Ulisses de peluche
Pela serenata do gato dominado
Sou o que sou pelas navegantes que me preenchem
Um catálogo andante
E mais que secar por elas mesmas
Tenho lágrimas que não chegam a existir
Sou sortudo no entanto
Cuspo pérolas e karma
Sinto-me especial
Acabo por acreditar mais em Deus do que Ele no Super-Homem
Este poema
Não é um poema
A sério que
Não é um poema, definitivamente
São outras coisas
São #%$@&*
Pedaços de cérebro ensopado
Desculpo todos os que pensavam encontrar aqui um poema
E espero que me desculpem por não desculpar
Sinto-me sempre melhor depois de desabafar
E de espancar sem-abrigos
Tiros na cabeça são inofensivos se forem na cabeça
Se forem na cabeça, se forem na cabeça, se forem na cabeça....
Capítulo IV
Era uma vez um rapaz de gengibre que se comeu a si mesmo.
Já disse que sou irreal
Talvez não humano
Mas ao mesmo tempo um deles
Animado
Sou
Um que usa pedras para o apedrejamento
E ainda as usa para ficar pedrado
Lúcifer numa toca
Atirado a um canto
Disse-lhe:
"O amor é perigoso rapaz, não toques nisso"
Angústia de adolescentes pica na sua hilariância
Até Hitler tinha pais
No rio Styx pedem almas e isqueiros
Também no Sub-Mundo há mitras
Mais que a mim, venero-me com mais fervor do que Nietzsche
A si
E se um dia me sentir feio será fácil:
Suicido-me no corpo picotado da Winehouse
Mas não se preocupem,
Para à próxima será melhor
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
As Palavras Inestéticas
(o primeiro a chegar a uma praia sem areia)
i) Na colecção há uma colecção de borbulhas não utilizadas
Desde o grande bamboleante à magnífica borboleta
ii) As doenças educadas são as culpadas:
Definem os limites para um cursor puro
iii) Tempestades erguem-se nos recônditos.
Sabias que inflingir é menos delicado do que respeitar?
iiii) Ser é algo tão poético
Serei a sífilis da tua esperança
iiiii) Tornei-me alheio à auto-censura auto-censurando-me
Disparates românticos desvanecem no papel
iiiiii) Tremendamente suicida, ligeiramente optimista
Ainda bem que não é ao contrário
iiiiiii) É uma das maneiras que encontro
Comer-te num lugar público
iiiiiiii) Crucifixo ornamentado nas mamas
Mais não serve do que um aviso
Afinal, a religião não foi má ideia
i) Na colecção há uma colecção de borbulhas não utilizadas
Desde o grande bamboleante à magnífica borboleta
ii) As doenças educadas são as culpadas:
Definem os limites para um cursor puro
iii) Tempestades erguem-se nos recônditos.
Sabias que inflingir é menos delicado do que respeitar?
iiii) Ser é algo tão poético
Serei a sífilis da tua esperança
iiiii) Tornei-me alheio à auto-censura auto-censurando-me
Disparates românticos desvanecem no papel
iiiiii) Tremendamente suicida, ligeiramente optimista
Ainda bem que não é ao contrário
iiiiiii) É uma das maneiras que encontro
Comer-te num lugar público
iiiiiiii) Crucifixo ornamentado nas mamas
Mais não serve do que um aviso
Afinal, a religião não foi má ideia
terça-feira, 5 de agosto de 2008
O Som Grave de uma Laranja
Eram raras as ocasiões em que satisfazia contemplar
Episódios de criancice alheia
Mas indiferente a novas formas de sentir, enroscava-se a tentações
Detestando a forma como a boca se libertava
Para o decrépito mel, a solução residia numa
Laranja envolta em mistérios
Talvez algumas núpcias não correspondidas
Cíumes de amigas mais amigas do que amigas
Deteve-se o jovem espectro da musa clarividente
No chão espalhado a que chamava tecto
Soltando em cada quilómetro pó especial
Sobras de inteligência inter-pessoal
Já sei
A paixão é para tolos crentes em palpitações
Com buracos no lugar de olhos
E pés para fora da gravidade
Era dia de festa
E zeros mais pessoais namoravam na teia
Episódios de criancice alheia
Mas indiferente a novas formas de sentir, enroscava-se a tentações
Detestando a forma como a boca se libertava
Para o decrépito mel, a solução residia numa
Laranja envolta em mistérios
Talvez algumas núpcias não correspondidas
Cíumes de amigas mais amigas do que amigas
Deteve-se o jovem espectro da musa clarividente
No chão espalhado a que chamava tecto
Soltando em cada quilómetro pó especial
Sobras de inteligência inter-pessoal
Já sei
A paixão é para tolos crentes em palpitações
Com buracos no lugar de olhos
E pés para fora da gravidade
Era dia de festa
E zeros mais pessoais namoravam na teia
Libertação de Inato Terror
Um piano deslizava silenciosamente pela sala fechada
Negro capturado deixava escapar restos de claridade
Obscurecida pela convivência
Seria o momento do presságio concebido
O fim de uma era de línguas e vozes
Quantas mais vezes calássemos o nevoeiro
Mais o segredo se escondia no meio da porta
E no meio, um crescendo, uma sombra e
A cortina
Acabada no vazio
Assustando insectos insignificantes que comíamos por diversão
Observei as paredes a libertarem-se da mudez e ao mesmo tempo
A igreja que não confessava pecados
Permanecia faladora
Nas escadas de ninguém
Negro capturado deixava escapar restos de claridade
Obscurecida pela convivência
Seria o momento do presságio concebido
O fim de uma era de línguas e vozes
Quantas mais vezes calássemos o nevoeiro
Mais o segredo se escondia no meio da porta
E no meio, um crescendo, uma sombra e
A cortina
Acabada no vazio
Assustando insectos insignificantes que comíamos por diversão
Observei as paredes a libertarem-se da mudez e ao mesmo tempo
A igreja que não confessava pecados
Permanecia faladora
Nas escadas de ninguém
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Uma Faca Pende Ligeiramente Para o Outro Lado
A mão cicatrizada absorve cancro enquanto te absorves
e
Navegas banalidades escritas
por
Mulheres encostadas a aldeias de pedra
com
Segredos de sol adormecidos
Rios esventrados pelo diâmetro de luz verde
Equiparam-se a museus cabisbaixos e títulos outros
Apenas a ideia de um desequilíbrio no teu colo
Me submete a infiligir trêguas nessa doença efémera
e
Navegas banalidades escritas
por
Mulheres encostadas a aldeias de pedra
com
Segredos de sol adormecidos
Rios esventrados pelo diâmetro de luz verde
Equiparam-se a museus cabisbaixos e títulos outros
Apenas a ideia de um desequilíbrio no teu colo
Me submete a infiligir trêguas nessa doença efémera
domingo, 3 de agosto de 2008
Obcecada Boneca
Nestes versos imprimo sensações
São tantas as inclusões a dominar, tantas as paredes à solta
Como o vírus amoroso que de boca em boca se permite sonhar
Como a dama de ferro inculta em aromas sombreados
Como o respirar contido de êxtases ultrapassados
Parece que sim, definitivamente a leste
Paralelos tornam-se direitos ou brancos ou apenas unicamente com o corte adequado
Ah, troca de pernas e sentido de olfacto apurado, espelhos de quarto com cabeças decoradas
Sei que foste o primeiro a denunciar
Um inimigo imaginário por não brincar
Na terra de espécies tingidas castiga-se quem não tem planos de morte
E cinematografia real, entre a indistinta luz do confuso e do curioso
Perpetua-se a súbita escolha de
Adorar uma modelo crucificada
São tantas as inclusões a dominar, tantas as paredes à solta
Como o vírus amoroso que de boca em boca se permite sonhar
Como a dama de ferro inculta em aromas sombreados
Como o respirar contido de êxtases ultrapassados
Parece que sim, definitivamente a leste
Paralelos tornam-se direitos ou brancos ou apenas unicamente com o corte adequado
Ah, troca de pernas e sentido de olfacto apurado, espelhos de quarto com cabeças decoradas
Sei que foste o primeiro a denunciar
Um inimigo imaginário por não brincar
Na terra de espécies tingidas castiga-se quem não tem planos de morte
E cinematografia real, entre a indistinta luz do confuso e do curioso
Perpetua-se a súbita escolha de
Adorar uma modelo crucificada
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