terça-feira, 8 de julho de 2008

Pestanas e Cor

Numa altura breve sei que me vi
Nocturno no escuro, em breve nocturno
A escavar, vi
Com espadas sem brilho
Sem deslizes antigos, memórias antigas
Quero contigo, uma chave ferrugenta
E dentes de aço, abrir espaços, enumerar o sistema, pernoitar na serena
Selva quadrada, nem na fronteira dos teus olhos
Memorizo essa categorização categórica e preenchida
Uma linha de letras baralhadas simples
Imitações em série do teu corpo, é fácil renegar maldições atormentadas
Fácil de saber que és mais pequena que pestanas e cor
Fácil de saber que essa
Ausência de cor também funciona nos labirintos da retórica


Mas resultam os poderes de Deusas poderes
Resultam
Descendo em pautas anormais de borboletas naturais
A alfabetização momentânea do sagrado rancor
Resulta
Com o teu vidro que é mais que cabelo
E os teus olhos que mais que estrelas
São estrelas daquelas grandes

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