sexta-feira, 13 de junho de 2008

Aperitivo Pós-Perfeição

Fiquei com as mãos queimadas depois de a ler.
Sabia bem que não me devia meter nestas coisas.
Afinal, a rejeição dói mais que a euforia, mas viciado como estava, não senti a pena a convidar-me para o lado negro.

Por um instante absorvi o fulgor de pecados passados
Transfigurados para o meu corpo palpitante

Isto porque li, e atrevo-me a dizer, escrevi
Na carta de suicídio do Demónio

Com as suas páginas crocantes
E subtilezas anacrónicas
Não restaram dúvidas

O Demónio teve aulas de Ironia Avançada
E deseja a morte como qualquer um

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